Robótica na logística: como a tecnologia está mudando a cadeia de suprimentos

Robótica na logística: como a tecnologia está mudando a cadeia de suprimentos

Uma das tendências em constante evolução é a aplicação da robótica na logística e transporte. 

A mudança nos negócios que esta tecnologia traz é bastante grande, otimizando processos e reduzindo prejuízos.

Robótica na logística: como a tecnologia está mudando a cadeia de suprimentos

O que é robótica na logística?

A aplicação da robótica na logística significa usar robôs e máquinas com sistemas inteligentes para automatizar tarefas, como organização, transferências, entrega e recuperação de produtos em um depósito.

A diferença entre as máquinas tradicionais e os robôs industriais é que estes últimos estão associados a sistemas de inteligência artificial (IA) que lhes permitem lidar com variáveis ​​mais complexas e reagir de forma rápida e independente por meio de algoritmos.

Ou seja, em comparação com um braço robótico em uma linha de produção convencional, um robô de logística pode aprender novas tarefas e executá-las para resolver coisas que até agora necessitavam de assistência humana. 

Tipos de robôs e inteligência artificial utilizados na logística

Segundo pesquisa conduzida pela Tractica em 2020, estima-se que o investimento de robótica na logística atinja US$ 22,4 bilhões até o final de 2021. 

Além disso, um outro estudo realizado pela BCG (Boston Consulting Group), constatou que a combinação de robótica com outras tecnologias, aprimoramentos de processos e alterações no layout estrutural podem gerar economia de até 40% em centros de distribuição

Veja alguns tipos atuais de aplicação da robótica na logística:

Maquinários automatizados

São braços automatizados que podem pegar produtos, fechar e lacrar caixas e mover embalagens de uma prateleira para outra. 

Este tipo de maquinário foi o mais utilizado até agora e não é difícil encontrá-lo em muitas empresas, principalmente na indústria automobilística.

O que torna robôs diferentes do maquinário convencional é que eles podem lidar com tarefas mais complexas, aplicar análises e auxiliar os trabalhadores em tarefas repetitivas, como gerenciamento de pedidos ou organização de paletes.

Drones e Sistemas RFID 

A leitura de produtos com etiquetas RFID é mais completa do que usar um código de barras convencional, pois elas contém mais informações. 

Um drone com um sistema RFID pode identificar produtos em um depósito e fornecer melhor controle sobre a localização, transferência de unidades e estoque.

Ele pode ler milhares de etiquetas em muito pouco tempo quando comparado com uma pessoa que faz a tarefa manualmente. Além disso, essas informações são enviadas imediatamente para o dispositivo desejado, permitindo total controle e conectividade entre o robô e o gerenciador. 

Veículos autoguiados (AGV)

Os veículos autoguiados são pequenos carros autônomos, capazes de se mover sem motorista ou controle remoto. Eles incluem sistemas para ler códigos QR e sinais RFID para que possam seguir caminhos em um depósito, evitando obstáculos e identificando unidades e paletes.

A tecnologia de aprendizado de máquina permite que os veículos robóticos sejam independentes e confiáveis, funcionando como auxiliares ao trabalho dos funcionários de um depósito. 

Por essa razão são conhecidos como cobots, ou robôs colaborativos, já que o colaborador passa as tarefas de transporte ou classificação que devem realizar automaticamente.

Vantagens da robótica na logística

Veja alguns dos benefícios que a robótica na logística traz para a cadeia de suprimentos e o atendimento de pedidos:

Gestão de armazéns e inventário

Como já vimos, os robôs automatizados com inteligência artificial são grandes aliados para uma gestão de armazém com maior segurança e melhor controle.

A má gestão de estoques é um dos maiores pesadelos da distribuição, pois tem um impacto negativo e implica em prejuízos para a empresa devido a valores incorretos e erros de envio.

O uso da robótica na logística permite que as equipes tenham informações de estoque precisas e atualizadas em tempo real, o que reduz a quantidade de tempo investido em tarefas de revisão repetitivas, bem como erros e consequentes custos.

Transferência de estoque

Quando as mercadorias são descarregadas, movidas ou selecionadas para envio, as tarefas de separação e mobilização podem levar tempo e demandar bastante mão de obra.

A robótica adiciona mais segurança e velocidade ao descarregar, levantar, armazenar e embalar qualquer palete.

No comércio eletrônico, esta opção é bastante útil, pois permite que os produtos exatos de cada pedido sejam encontrados no armazém, agilizando a embalagem, o transporte e reorganização das prateleiras. 

Realizar remessas

Até agora, falamos de robótica na logística no que se refere ao trabalho em centros de distribuição; no entanto, também já estão sendo testadas tecnologias para uso fora do local de armazenamento.

Veículos autônomos, por exemplo, serão cada vez mais eficazes para o envio de mercadorias. Remotamente, um controlador pode revisar os sinais enviados pelo veículo, acompanhá-los em tempo real e confirmar a satisfação do cliente.

Robôs equipados com inteligência artificial podem calcular a melhor rota, reconhecer obstáculos e se adaptar a diferentes condições meteorológicas como chuva ou neve. No entanto, ainda é preciso resolver a questão da segurança deles diante de ataques externos e de otimizar seus custos.

 Alguns dados sobre os benefícios da robótica na logística:

  • Redução dos custos logísticos entre 20% e 40% e aumento da produtividade entre 25% e 70%, segundo estudo da Roland Berger que analisa o impacto da robótica na logística até 2025.
  • Identificação automática e rápida de qualquer item ou palete em um depósito.
  • Personalização da configuração de cada robô para diferentes tarefas e níveis de complexidade.
  • Conexões remotas com dispositivos a partir dos quais você pode visualizar e monitorar o trabalho do robô.
  • Preparação de embarques mais ágil e maior precisão nas entregas.

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Expansão Flash Courier: grupo investe em tecnologia para alavancar operações

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Foram adquiridos 220 AGVs (veículos guiados automatizados), além de três esteiras, incluindo uma Cross belt de 800 saídas, gerando capacidade três vezes maior que o equipamento em uso atualmente. 

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